A preservação da Amazônia foi reconhecida como um dos principais compromissos para impulsionar a Agenda 2030, um acordo estabelecido entre os 193 Estados-Membros da ONU voltado para o Desenvolvimento Sustentável. O “Movimento Impacto Amazônia” foi lançado na última quinta-feira (14) durante o evento anual do Pacto Global da ONU no Brasil, realizado na sede da ONU em Nova Iorque.
Esta iniciativa destaca a importância de investir em políticas para a conservação da floresta, valorizar e proteger os povos e territórios tradicionais da região, e alinhar a tecnologia com a sustentabilidade. É a primeira vez que o Pacto Global da ONU no Brasil foca especificamente na região amazônica, com ênfase em compromissos públicos assumidos por entidades dos setores público e privado para promover o desenvolvimento sustentável da Amazônia.
Uma pesquisa recente, realizada com 160 empresas participantes do Pacto Global da ONU no Brasil, revelou que, embora 58,54% das empresas tenham avaliado os riscos operacionais relacionados à crise climática, 79,72% não examinaram os impactos de sua cadeia de fornecimento em relação ao desmatamento na Amazônia.
Carlo Pereira, CEO do Pacto Global da ONU no Brasil, enfatizou a urgência de medidas de preservação e sustentabilidade para a Amazônia. Ele alertou sobre a savanização da floresta e a consequente perda de sua rica biodiversidade, o que seria um desastre não apenas para o Brasil, mas para o mundo inteiro.
Empresas como Eletrobrás e Ambipar são embaixadoras do Movimento Impacto Amazônia. Além disso, o Banco do Brasil planeja investir R$ 23 bilhões até o final do primeiro semestre de 2024 em financiamentos voltados para questões climáticas, como energias renováveis e eficiência energética.
Rachel Maia, presidente do Conselho de Administração Global da ONU no Brasil, destacou a necessidade de uma transformação profunda, não apenas entre grandes corporações, mas em cada indivíduo, para alcançar os objetivos de sustentabilidade.
A Agenda 2030, que originou-se da Agenda do Milênio em 2000, tem enfrentado desafios significativos em sua implementação. Oito anos após sua adoção, a avaliação é de que o progresso tem sido lento, com retrocessos causados por crises financeiras, conflitos significativos e a pandemia.